ABSTRACT
O rato é o animal preferencialmente utilizado, tanto no âmbito anestésico como no cirúrgico experimental. Neste animal várias drogas e técnicas anestésicas têm sido utilizadas, dentre elas o éter por via inalatória, com uso de câmaras de induçäo e de vaporizadores de fluxo contínuo. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi estudar a estrutura histológica de órgäos de ratos anestesiados com éter sulfúrico por via inalatória. Foram utilizados 24 Rattus norvegicus albinus, machos, adultos, pesando 285 (+/-20) gramas, com 120 a 150 dias de vida, distribuídos em dois grupos: Grupo A (n=12), no qual foi utilizado éter sulfúrico como agente anestésico inalatório, e Grupo C, grupo controle (n=12), em cujos animais näo foi realizado nenhum anestésico, sendo submetidos à eutanásia com injeçäo de 5 ml de cloreto de potássio a 10 por cento por via intra-peritonial. O grupo A foi dividido em 3 subgrupos: A1 (n=4), A7 (n=4) e A15 (n=4), cujos animais receberam anestesia por 30 minutos diários durante, um, sete e quinze dias consecutivos. Completado o ciclo anestésico de cada subgrupo, os animais foram submetidos à eutanásia com dose inalatória letal de éter sulfúrico, sendo retiradas vísceras (cérebro, fígado, pulmäo, rim e traquéia), para análise macroscópica e estudo histopatológico. Dentre os resultados observados, fígado e encéfalo mostraram-se normais em ambos os grupos...
Subject(s)
Animals , Rats , Rats , Histology , Anesthesia, Inhalation , Ethyl Ethers/administration & dosage , EuthanasiaABSTRACT
O éter é importante como anestésico em nível experimental, pois causa depressäo mínima no centro respiratório, deprimindo ao máximo o córtex cerebral, além de baixo custo, fácil aquisiçäo e manipulaçäo, entretanto Massone refere lesöes hepáticas devido seu uso. O objetivo do estudo foi tentar demonstrar se há alteraçöes histopatológicas em órgäos de ratos quando usado éter sulfúrico como anestésico inalatório. Foram utilizados 24 Rattus norvegicus, machos 285(+/-5) gramas, 120 a 150 dias, divididos em dois grupos: grupo 1 (n=12), utilizou-se éter como anestésico inalatório 30 minutos por dia, e o grupo 2 (n=12), sacrificados com cloreto de potássio intraperitoneal, sem contato com éter. No grupo 1, foram subdivididos em trés subgrupos: 1A (n=4), anestesiados por 30 minutos em um único dia e sacrificados; 1B (n=4), receberam anestesia diariamente e sacrificados no sétimo dia; 1C (n=4), anestesia diária por 15 dias e após sacrificados. Completado o ciclo anestésico de cada subgrupo foi feita a retirada das vísceras, análise histopatológica e estudo estatístico dos resultados. Fígado e encéfalo eram normais em todos animais. Traquéia e rins apresentaram alteraçöes näo significantes. O pulmäo apresentou alteraçöes: peribronquite, perivasculite, entre outras, nos grupos 1 e 2. Provavelmente estas alteraçöes estavam presentes antes do estudo, pois no grupo sacrificado com cloreto de potássio, alteraçöes semelhantes foram encontradas. A continuaçäo deste estudo, utilizando animais "germfree", deverá ser realizada com maior número de animais e adequaçäo do tempo de exposiçäo ao éter para que possamos afirmar qualquer conclusäo a respeito do éter como anestésico inalatório em cirurgia experimental.